sábado, 11 de outubro de 2014

ESCOLA MUNICIPAL IDA OLIVEIRA REALIZA A FORMATURA DOS ALUNOS QUE PARTICIPARAM DO PROERD



No dia 20/09/2014, 150 alunos do Ciclo II 1º e 2º anos, participaram da cerimônia de Formatura do Programa Educacional de Resistência às Drogas - PROERD.

O Programa consiste em uma ação conjunta entre as Policias Militares, Escolas e Famílias, no sentido de prevenir o abuso de drogas e a violência entre estudantes, bem como ajudá-los a reconhecer as pressões e as influências diárias que contribuem ao uso de drogas e à prática de violência, desenvolvendo habilidades para resisti-las.

Os formandos e suas famílias, bem como toda a equipe escolar, estavam orgulhosos pelo aprendizado e pelo trabalho realizado, acreditando que a educação é uma ferramente poderosa na construção da cidadania. 

Durante a cerimônia, os alunos do Movimento de Vivência Teatral Despertai, fizeram uma apresentação de dança, com a ilustre participação dos alunos com deficiência física, que usam cadeira de rodas. 

O público ficou emocionado com o que viu. E a equipe sentiu-se gratificada em ver que as práticas inclusivas na Escola Ida Oliveira estão cada vez sendo solidificadas.


VIVA A DIVERSIDADE!








sábado, 2 de agosto de 2014

PARA REFLETIR



O texto de Italo Calvino “O Modelo dos modelos”, traz analogias muito interessantes quando se relaciona as ideias principais colocadas pelo autor com a prática do Atendimento Educacional Especializado e, em última instância, com o processo de inclusão.

O autor levanta na sua escrita a inadequação dos padrões, e tal máxima é perfeitamente aplicável quando o que está em pauta é inclusão e AEE. Pois não há como pensar processo inclusivo a partir de padrões, pois certamente alguém/alguns ficarão à margem, caracterizando a realidade excludente que a suposta homogeneidade impõe.

A trajetória vivida pelo personagem do texto, o Senhor Palomar, de certa maneira revela a trajetória vivida pela humanidade no que se refere o processo de inclusão.

A primeira exigência era o modelo perfeito, harmônico e, dessa forma, o que fugia disso era desconsiderado, descartado. Mas a experiência deixou evidente que não há uma única realidade que deva ser considerada, mas sim realidades que requerem vários modelos (sempre suscetíveis a mudanças e transformações) que contemplem cada um desses contextos, evidenciando assim que a rigidez e a unicidade de modelo é uma falácia.

O AEE, neste sentido, como o próprio nome sugere, requer a busca da individualidade do sujeito, a fim de que este seja respeitado e considerado nas suas especificidades, potencialidades e limitações; portanto a ideia de uniformidade não cabe na prática inclusiva.

E esse deve ser um exercício constante que todo educador, toda pessoa, deve preocupar-se em fazer, e permitir-se, a exemplo do Senhor Palomar, apagar da mente a crença num único modelo, único modelo de educando, único modelo de ensino, único modelo de aprendizagem. Essa quebra de paradigma é essencial para a construção de uma educação inclusiva.

AEE pressupõe diversidade, pluralidade, desigualdade, construção, processo...

REFEREÊNCIA:

CALVINO, Ítalo. O modelo dos modelos. AEE UFC, 2014.


quinta-feira, 19 de junho de 2014

ROTINA VISUAL


Este recurso destina-se a educandos em idade a partir dos 6 anos, que apresentam TEA.

O recurso Rotina Visual pode ser utilizado em sala de aula, AEE, biblioteca, laboratório de informática, sala de leitura e aula de Educação Física.







A Rotina Visual permite ao educando com TEA visualizar previamente as atividades que serão desenvolvidas ao longo do horário escolar, favorecendo o controle da ansiedade, uma vez que a antecipação das atividades a serem realizadas facilita a adaptação e a aprendizagem da pessoa com autismo, evitando que se distraiam com outras atividades que queira fazer a qualquer momento e proporcionando tranquilidade ao educando.

Podem ser utilizadas fotografias, gravuras, desenhos ou mesmo objetos para a montagem da rotina, sendo essencial que as atividades sejam apresentadas antecipadamente para o educando, garantindo que o mesmo tenha o controle sobre sua rotina. A cada nova atividade é mostrada uma imagem correspondente, e ao terminá-la, a mesma imagem pode ser virada ou colocada de lado, para ficar claro que ela foi encerrada, antes de mostrar a nova figura da próxima atividade.

No AEE o professor poderá construir com o aluno a Rotina Visual, a partir das várias possibilidades de intervenção pedagógica que o ambiente escolar oferece.

Nesse sentido, deverá acontecer a interlocução do professor de AEE e o professor da sala de aula, com a participação do educando com TEA. Na construção da Rotina Visual da sala de aula, de acordo com o planejamento da professora; assim como poderá ser elaborada a Rotina Visual, com a participação do educando com TEA para ser utilizada nas atividades do AEE.   

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA


segunda-feira, 5 de maio de 2014

SURDOCEGUEIRA E DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES



A surdocegueira  é a nomenclatura utilizada para identificar a pessoa que apresenta perdas visuais e auditivas ao mesmo tempo, e tais limitações podem configurar-se em diferentes níveis, podendo ser, segundo MAIA(2011): surdocego total; surdocego com surdez profunda associada com resíduo visual; surdocego com surdez moderada associada com resíduo visual; surdoego com surdez moderada ou leve com cegueira; surdocego com perdas leves, tanto auditivas quantas visuais. É importante salientar que a surdocegueira pode ser congênita, que é aquela que se apresenta desde o nascimento da criança e já no seus primeiros anos de vida, antes da aquisição de uma língua, ou adquirida, quando a pessoa fica cega após a aquisição de uma língua, seja oral ou sinalizada.
A deficiência múltipla é compreendida no Brasil como a associação de duas ou mais deficiências, diferenciando-se nas demais partes do mundo, onde somente é considerada DMU se for uma deficiência associada a deficiência intelectual. Segundo MAIA(2011), no Brasil a DMU pode apresentar-se como DF/DI; DF/TGD; DA/DI; DV/DI; DA/TGD; DV/TGD; DA/DF; DA/PC; DV/DF; DV/PC; DF/DV/DI; DF/DA/ DI; DV/PC/DI.
A pessoa com surdocegueira, devido suas limitações, não é capaz de apreender o ambiente a sua volta de maneira exata, é necessário construir um sistema de comunicação que favoreça a percepção do mundo que a cerca. Já na deficiência múltipla, apesar das informações também não chegarem de maneira fiel, ela poderá contar com a audição ou a visão para construir conhecimento, o que na pessoa com surdocegueira acontece com o uso dos canais sensoriais remanescentes, como tato, olfato, paladar, cinestésico, proprioceptivo e vestibular.
O processo de comunicação é essencial para qualquer pessoa, principalmente para aquela que tem alguma deficiência. No caso da pessoa com surdocegueira e deficiência múltipla é essencial um planejamento rigoroso e focado na construção de um sistema eficaz de comunicação a fim de favorecer seu desenvolvimento.
Para a pessoa com surdocegueira ou com deficiência múltipla é importante iniciar com as  instruções mais simples para as mais complexas, dividir as atividades em etapas possíveis de serem realizadas, partir a construção do concreto para o abstrato, repetir quantas vezes forem necessárias o comando das atividades, respeitando o ritmo de aprendizagem da pessoa com surdocegueira ou DMU.
Também é necessário um planejamento que contemple a orientação e mobilidade da pessoa com surdocegueira e DMU, no qual a adequação física e estrutural dos espaços dos quais a pessoa com deficiência participe privilegia uma mobilidade com autonomia e independência.
No processo de escolarização são necessárias adequações significativas que considerem as especificidades dos educandos e desenvolva suas potencialidades. Há que se implantar um programa de formação continuada para os educadores e profissionais do contexto escolar que trabalham com o educando, para que eles sejam capazes de implementar estratégias metodológicas adequadas ao educando.
O uso das tecnologias assistivas é essencial. Os mais variados recursos como, prancha de comunicação, livro de conversação, caixa de antecipação, livro de e com texturas, jogos sensoriais e outros do gênero, são importantes no desenvolvimento das atividades para que o educando tenha condições de antecipar situações, pessoas, lugares, atividades, criar noção de horários e qualificar ações.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BOSCO, Ismênia C. M. G.; MESQUITA, Sandra R. S. H.; MAIA, Shirley R. Coletânea UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar - Fascículo 05: Surdocegueira e Deficiência Múltipla (2010). Capítulo 4 - A escola comum e o aluno com surdocegueira. Capítulo 5 - Deslocamento em trajetos. Capítulo 6 - Pessoa com surdocegueira.
MAIA, Shirley Rodrigues. Aspectos Importantes para saber sobre Surdocegueira e Deficiência Múltipla. São Paulo, 2011. 


domingo, 23 de março de 2014

A EDUCAÇÃO DA PESSOA COM SURDEZ



 
A educação da pessoa com surdez é permeada historicamente por tendências antagônicas, que objetivavam a promoção do ensino e da aprendizagem. As concepções transitaram entre o oralismo, a comunicação total e o bilinguismo. No entanto, as práticas educativas baseadas nas duas primeiras concepções não foram bem sucedidas, pois não consideram a língua natural da pessoa com surdez e comprometem seu desenvolvimento nos aspectos cognitivos, sócio afetivos, linguísticos e político culturais.

Atualmente as discussões giram em torno da inclusão da pessoa com surdez na escola comum, considerando que ela não é deficiente, possui sim uma limitação biológica, mas é dotada de potencial e capacidades, sendo um ser de consciência, pensamento e linguagem, dessa forma, se inserida em um processo educacional que atenda suas necessidades e compreenda suas especificidades, é competente para construir conhecimento.

Portanto, o problema da educação das pessoas com surdez não pode ter como centro a questão da língua, mas deve considerar também a qualidade das práticas educativas adotadas pelas escolas, que necessitam passar por um processo qualitativo de transformação para que sejam capazes de atender com qualidade a todos os alunos.

 
A aquisição da língua de sinais, de fato, não é garantia de uma aprendizagem significativa. O ambiente em que a pessoa com surdez está inserida, em especial, o da escola comum, uma vez que não lhe oferece condições para que se estabeleçam mediações simbólicas com o meio físico e social, não exercita ou provoca a capacidade representativa dessas pessoas, conseqüentemente, compromete o desenvolvimento do pensamento, da linguagem e da produção de sentidos. (DAMÁZIO, 2010,p. 50)


A abordagem bilíngue defende uma educação que garanta a formação da pessoa com surdez em que a Libras e a Língua Portuguesa, preferencialmente na sua modalidade escrita, constituam-se línguas de instrução e o acesso a elas ocorra de forma simultânea no ambiente, a fim de que seja fomentado um sistema amplo de comunicação que favoreça as relações e aprendizagens dos alunos com surdez, instrumentalizando-os a aprender a aprender.

Neste sentido o Atendimento Educacional Especializado contribui para a interação entre o aluno com surdez, seu professor e seus colegas, uma vez que possibilita sua efetiva participação em sala de aula comum e “deve ser construção e reconstrução de experiências e vivências conceituais, em que a organização do conteúdo visto como curricular não deve estar pautada numa visão linear, hierarquizada e fragmentada do conhecimento” (DAMÁZIO, 2010, p. 52)

O Plano de AEE da pessoa com surdez envolve três momentos didático-pedagógicos, quais sejam AEE em Libras, AEE para o ensino de Língua Portuguesa e o AEE de Libras.

O objetivo do AEE em Libras é trabalhar com aluno a base conceitual da Língua de Sinais e o conteúdo desenvolvido em sala de aula comum, a fim de que ao aluno com surdez sejam antecipados os conceitos curriculares da série em que ele está inserido. O professor de AEE em Libras utiliza diversos recursos de imagens visuais e outras estratégias, caso necessário, para que haja a compreensão do que está sendo estudado.

O AEE para o ensino de Língua Portuguesa refere-se à aprendizagem da leitura, escrita e da gramática em uso, e tais processos devem acontecer num contexto significativo e funcional de construção do conhecimento. O objetivo do AEE é desenvolver a competência linguística e textual do aluno com surdez, para ele seja capaz de gerar sequências linguísticas coerentes, a partir do conhecimento morfológico, sintático e semântico-pragmático da Língua Portuguesa.

O AEE de Libras tem como objetivo aprimorar o conhecimento do aluno sobre a Língua de Sinais, enfatizando o estudo dos termos científicos abordados no conteúdo curricular e, sendo necessário, o professor pode criar novos sinais para representar termos científicos.

Os três momentos didático-pedagógicos corroboram para que a pessoa com surdez tenha condições de construir conhecimento, dentro de uma perspectiva inclusiva que “rompe fronteiras, territórios, quebra preconceitos e procura dar ao ser humano com surdez, amplas possibilidades sociais e educacionais”. (DAMÁZIO, 2010,p.50)

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

 
Coletânea UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Fascículo 05: Educação Escolar de Pessoas com Surdez - Atendimento Educacional Especializado em Construção, p. 46-57.

 

domingo, 1 de dezembro de 2013

Curta metragem " O farol" com audiodescrição


A audiodescrição é um recurso de inclusão social da pessoa com deficiência visual.
E no contexto escolar, deve ser utilizada na promoção de situações de aprendizagem para todos os educandos, inclusive os videntes. 
O vídeo indicado, além de emocionante, pois ser uma história recheada de poesia, pode  ter um excelente uso pedagógico, se bem explorado pelo professor.
Convido a todos para se deliciarem com a história "O farol".

Vídeo " O farol"

domingo, 20 de outubro de 2013

ATIVIDADE PARA O AEE DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL



Atividade: Assembleia dos Objetos

A atividade consiste em oferecer ao aluno  alguns objetos que ele utiliza em seu cotidiano escolar , como lápis, borracha, caneta, corretivo, cola, régua, etc. Em seguida o professor pede que o aluno feche os olhos e fique atento a leitura de uma lista, observando a ordem dos objetos.
Após a leitura da lista, o professor solicitar que o aluno coloque sobre a mesa os objetos na mesma ordem da lista mencionada.
Com a aplicação desta atividade serão desenvolvidos os mecanismos de aprendizagem, quanto aos aspectos da atenção, concentração e  memória.
O professor pode diversificar  na escolha dos “objetos”,  evidenciando  vários conceitos , como cores, formas, tamanhos, letras, números,  etc. , de acordo com o que achar mais pertinente de ser explorado com o aluno naquele momento.

Esta atividade também pode ser feita em grupo, de forma que cada aluno fique responsável por um objeto, enfatizando assim a importância do trabalho coletivo.