Para que a inclusão aconteça efetivamente é necessário um leque de variáveis que devem dialogar harmonicamente. Neste contexto a importância do professor especializado é incontestável. Esse profissional atua não somente junto aos alunos, mas também aos professores, coordenação pedagógica, direção da escola, famílias dos alunos atendidos e demais profissionais e instituições nas relações intersetoriais.
A esse educador compete, dentre outras atribuições, além de realizar o atendimento educacional especializado na SRM e na sala de aula, promover situações de formação na escola, assessorar os professores da sala regular, orientar as famílias quanto ao acompanhamento educacional que pode ser feito com os alunos em casa, a fim de que não haja uma quebra do trabalho com o aluno, elencar e elaborar recursos que favoreçam a aprendizagem do aluno.
No trabalho do professor de AEE o processo de avaliação é essencial, e a elaboração do estudo de caso é condição essencial para que a intervenção pedagógica realizada posteriormente seja eficaz, uma vez que para intervir é necessário conhecer. O estudo de caso é o momento de esmiuçar as características do aluno, suas potencialidades e suas necessidades a partir das observações feitas nos diversos ambientes escolares e também a partir dos dados coletados na interlocução com a família, a escola, profissionais que fazem acompanhamento e demais sujeitos que mantenham uma interação significativa com o aluno.
O conjunto de informações que o professor terá após realizar o estudo de caso lhe dará maior propriedade para elaborar e, melhor ainda, executar o Plano de AEE. Quando o atendimento é pautado em um plano, além de impedir a improvisação, define objetivos claros, estabelece desafios e prazos e dessa forma, respeitada uma das características intrínseca a todo planejamento, que é a flexibilidade, orienta a ação pedagógica do professor de AEE, facilitando a construção da aprendizagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Educação.Conselho Nacional de Educação.Resolução nº 04 de 02 de outubro de 2009. Brasília: MEC/ SEESP 2009.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: a escola comum inclusiva (fascículo 1). Fortaleza: Universidade federal do Ceará – UFC, 2010.
BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008.