domingo, 1 de dezembro de 2013

Curta metragem " O farol" com audiodescrição


A audiodescrição é um recurso de inclusão social da pessoa com deficiência visual.
E no contexto escolar, deve ser utilizada na promoção de situações de aprendizagem para todos os educandos, inclusive os videntes. 
O vídeo indicado, além de emocionante, pois ser uma história recheada de poesia, pode  ter um excelente uso pedagógico, se bem explorado pelo professor.
Convido a todos para se deliciarem com a história "O farol".

Vídeo " O farol"

domingo, 20 de outubro de 2013

ATIVIDADE PARA O AEE DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL



Atividade: Assembleia dos Objetos

A atividade consiste em oferecer ao aluno  alguns objetos que ele utiliza em seu cotidiano escolar , como lápis, borracha, caneta, corretivo, cola, régua, etc. Em seguida o professor pede que o aluno feche os olhos e fique atento a leitura de uma lista, observando a ordem dos objetos.
Após a leitura da lista, o professor solicitar que o aluno coloque sobre a mesa os objetos na mesma ordem da lista mencionada.
Com a aplicação desta atividade serão desenvolvidos os mecanismos de aprendizagem, quanto aos aspectos da atenção, concentração e  memória.
O professor pode diversificar  na escolha dos “objetos”,  evidenciando  vários conceitos , como cores, formas, tamanhos, letras, números,  etc. , de acordo com o que achar mais pertinente de ser explorado com o aluno naquele momento.

Esta atividade também pode ser feita em grupo, de forma que cada aluno fique responsável por um objeto, enfatizando assim a importância do trabalho coletivo.


domingo, 8 de setembro de 2013

PRANCHA COM SÍMBOLOS DE COMUNICAÇÃO PICTÓRICA (PCS)

Não há dúvida que a comunicação é essencial para o ser humano e é parte estruturante do processo de aprendizagem. Desta feita, a pessoa que apresenta sequelas ou comprometimento motor decorrentes de paralisia cerebral e outras deficiências neuromotoras, necessita de recursos de comunicação que possibilitem a expressão do seu pensamento.
No campo educacional utiliza-se a expressão comunicação alternativa e/ou suplementar que
vem sendo utilizada para designar um conjunto de procedimentos técnicos e metodológicos direcionado a pessoas acometidas por alguma doença, deficiência, ou alguma outra situação momentânea que impede a comunicação com as demais pessoas por meio dos recursos usualmente utilizados, mais especificamente a fala.
                                                                                            (Manzini; Deliberato, 2006,p.4)

Dentre os recursos de Comunicação alternativa e/ou suplementar está a prancha de comunicação com Símbolos de Comunicação Pictórica (PCS), que objetiva ampliar, como o próprio nome já sugere, a habilidade funcional da comunicação.
Na prancha de comunicação são colocados vários símbolos gráficos que representam mensagens. A escolha dos símbolos deve ser feita de acordo com a necessidade comunicativa do usuário, desta feita, as pranchas possuem, dependendo de cada pessoa que dela faz uso, símbolos diferenciados.
Em uma mesma prancha podem ser usados símbolos variados. Cada prancha deve ser feita do tamanho e formato necessários e, diversos materiais podem ser utilizados na sua confecção, tais como: papel, isopor, madeira, cartolina etc.
Os Símbolos de Comunicação Pictórica (PCS)  foram desenvolvidos pela fonoaudióloga Roxane Mayer Johnson, em 1981, nos Estados Unidos e atualmente é o conjunto de símbolos mais conhecido em todo o mundo. Formam um sistema de comunicação completo com mais de 11.000 símbolos e foram originalmente desenhados para criar, rápida e economicamente, recursos de comunicação consistentes e com acabamento profissional. Agrupa sinais que, em sua maioria, se caracterizam por desenhos lineares e pictográficos. Permite a inclusão de fotos, figuras, palavras escritas ou a combinação destas e utilizam pranchas como estrutura. As cores são usadas para diferenciar e separar as palavras em verbos, substantivos, preposições, etc. Por exemplo, verde significa verbo; amarelo, pessoas; laranja, substantivo e azul, adjetivo. 



Características das Pranchas com Símbolos de Comunicação Pictórica:

  Desenhos simples, claros e de fácil reconhecimento;
  Adequados para usuários de qualquer idade;
  Estão divididos em seis categorias de palavras: social, pessoas, verbos, descritivo, substantivos e miscelânea;
 Facilmente combináveis com outros sistemas de símbolos, figuras e fotos para a criação de recursos de comunicação individualizados;
 Extremamente úteis numa grande variedade de atividades e lições.
 Disponíveis através dos softwares Boardmaker e Escrevendo com Símbolos.


No ambiente escolar, a prancha de comunicação pode ser usada para que o educando seja autônomo nas suas escolhas, como por exemplo, decidir qual material quer utilizar em determinada atividade ou o espaço para onde deseja ir (ver pranchas abaixo), como para demonstrar os conhecimentos já consolidados em seu processo de aprendizagem. Em suma, em cada situação a prancha terá um papel diferenciado, sem perder de vista, seu objetivo maior, que é a comunicação.


















REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MANZINI, E. J.; DELIBERATO, D. Portal de ajudas técnicas para educação : equipamento e material pedagógico especial para educação, capacitação e recreação da pessoa com deficiência física : recursos para comunicação alternativa. 2. ed. Brasília : MEC, SEESP, 2006.
Em <http://www.clik.com.br/mj_01.html#topopag>. Acesso em 06/09/2013.
Em <http://www.assistiva.com.br/ca.html>. Acesso em 06/09/2013.


terça-feira, 6 de agosto de 2013

O PROFESSOR DE AEE: IMPORTÂNCIA E ATRIBUIÇÕES

Para que a inclusão aconteça efetivamente é necessário um leque de variáveis que devem dialogar harmonicamente. Neste contexto a importância do professor especializado é incontestável. Esse profissional atua não somente junto aos alunos, mas também aos professores, coordenação pedagógica, direção da escola, famílias dos alunos atendidos e demais profissionais e instituições nas relações intersetoriais.

A esse educador compete, dentre outras atribuições, além de realizar o atendimento educacional especializado na SRM e na sala de aula, promover situações de formação na escola, assessorar os professores da sala regular, orientar as famílias quanto ao acompanhamento educacional que pode ser feito com os alunos em casa, a fim de que não haja uma quebra do trabalho com o aluno, elencar e elaborar recursos que favoreçam a aprendizagem do aluno.

No trabalho do professor de AEE o processo de avaliação é essencial, e a elaboração do estudo de caso é condição essencial para que a intervenção pedagógica realizada posteriormente seja eficaz, uma vez que para intervir é necessário conhecer. O estudo de caso é o momento de esmiuçar as características do aluno, suas potencialidades e suas necessidades a partir das observações feitas nos diversos ambientes escolares e também a partir dos dados coletados na interlocução com a família, a escola, profissionais que fazem acompanhamento e demais sujeitos que mantenham uma interação significativa com o aluno.

O conjunto de informações que o professor terá após realizar o estudo de caso lhe dará maior propriedade para elaborar e, melhor ainda, executar o Plano de AEE. Quando o atendimento é pautado em um plano, além de impedir a improvisação, define objetivos claros, estabelece desafios e prazos e dessa forma, respeitada uma das características intrínseca a todo planejamento, que é a flexibilidade, orienta a ação pedagógica do professor de AEE, facilitando a construção da aprendizagem.


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Educação.Conselho Nacional de Educação.Resolução nº 04 de 02 de outubro de 2009. Brasília: MEC/ SEESP 2009.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria  de Educação Especial. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: a escola comum inclusiva (fascículo 1). Fortaleza: Universidade federal do Ceará – UFC, 2010.
BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008. 

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Sugestão de vídeos sobre tecnologia


VÍDEOS: "Help Desk Na Idade Média" e "Did You Know 2.0".



Considero os dois vídeos muito inteligentes e ilustrativos, uma vez que retratam algumas situações do nosso cotidiano e por isso alimentam muitas reflexões. 

É interessante perceber, por exemplo, no vídeo Help Desk Na Idade Média , dentre outras coisas, o comportamento humano diante do novo. O personagem retratado tem uma postura que, costumeiramente adotamos quando não conhecemos ou não temos familiaridade com dada situação, objeto ou pessoa. Ele adota a postura da reserva, pois não quer “correr o risco” de cometer algum erro que, no caso do vídeo, seria a perda de algum texto. Por vezes, preferimos a posição conservadora, e esta nos impede de ter importantes aprendizados. 

Outro fato interessante que o vídeo levanta, com sua dose de humor, é quando retrata que aquilo que hoje pra nós é um campo enigmático, amanhã pode tornar-se algo perfeitamente acessível, se realmente quisermos nos lançar a novas descobertas. E nesse contexto a troca com o parceiro mais experiente é válida para que o conhecimento seja construído. 
No segundo vídeo, Did You Know 2.0, destaco a inquietação que ele suscita quando questiona o papel da escola na formação do cidadão do século 21. Pelo fato do material ter sido produzido em 2006, notamos que uma avalanche de novas informações já faria parte dele se sua data de autoria fosse hoje. No entanto, quanto à distância alarmante do processo educacional em relação à celeridade da tecnologia, da comunicação e da informação, não percebemos, pelo menos em nosso país, uma mudança significativa e, acima de tudo, necessária. 

Depois de assistir esse vídeo é impossível não analisarmos a realidade da maioria das escolas brasileiras, onde o mundo apresentado parece só acontecer da porta pra fora, uma vez que não há planejamento estratégico institucional de políticas públicas que estruturem o sistema educacional a fim de que este ofereça ferramentas eficazes para a formação de pessoas que sejam competentes frente as novas demandas sociais.

Pesquisa sobre Educação Especial


O artigo, o qual desejo recomendar a leitura, está postado na plataforma DIVERSA – educação inclusiva na prática, que foi criada pelo Instituto Rodrigo Mendes, e objetiva discutir temas relevantes e compartilhar experiências na área da educação inclusiva.


O texto, escrito pela educadora Sônia Maria Rodrigues, sob o título “Educação Inclusiva e Formação Docente”, propõe uma interessante e pertinente reflexão sobre a questão da formação inicial e continuada dos professores, e a destaca como fundamental para que o processo de inclusão aconteça de fato nas escolas.

Dentre outros pontos, a autora aponta a fragilidade da formação inicial proposta pelas IES, nos cursos de licenciatura, que fazem apenas um recorte do tema educação inclusiva, caracterizando uma abordagem que não oferece uma formação consistente para os futuros docentes, o que compromete a sua prática inclusiva.

Boas reflexões!


RODRIGUES, SÔNIA MARIA. Educação Inclusiva e Formação Docente. Disponível em: http://www.diversa.org.br/artigos/artigos.php?id=1066. Acesso em 19/05/2013.

Documentos Legais que definem a Educação Especial


Em qualquer situação, ter respaldo legal é essencial para que possamos reivindicar nossos direitos, e na via de mão dupla, conhecer nossos deveres.
Nós, educadores, que defendemos um processo efetivo de inclusão, precisamos conhecer os documentos legais da educação, para solidificar a nossa prática pedagógica.
Por isso, eu lhe convido a analisar os materiais abaixo:





Coleção "A educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar"



Este material faz parte das publicações sobre Educação Inclusiva, disponibilizadas no site do MEC. Leitura essencial para todo educador. 
A Coleção é composta por dez fascículos, que podem ser facilmente acessados no link SECADI/MEC.
Você escolhe por onde quer começar...e boa leitura!

Fasc_01_-_A_escola_comum_inclusiva
Fasc_02_-_O_AEE_para_alunos_com_deficiência_intelectual
Fasc_03_-_Os_alunos_com_deficiência_visual_baixa_visão_e_cegueira
Fasc_04_-_Abordagem_bilíngue_na_escolarização_de_pessoas_com_surdez
Fasc_05_-_Surdocegueira_e_deficiência_múltipla
Fasc_06_-_Recursos_pedagógicos_acessíveis_e_comunicação_aumentativa
Fasc_07_-Orientação_e_mobilidade,_adequação_postural_e_acessibilidade
Fasc_08_-_Livro_Acessível_e_informática_acessível
Fasc_09_-_Transtornos_globais_do_desenvolvimento
Fasc_10_-_Altas_habilidades_-_Superdotação


EAD: UMA TENDÊNCIA NO MUNDO GLOBALIZADO



O mundo globalizado reside hoje na era da comunicação. Facilmente e continuamente recebemos informações dos quatro cantos do planeta, numa dinâmica que impressiona até mesmo os mais incrédulos. A velocidade, a intensidade, sem perder de vista, a intencionalidade das informações que recebemos, guardadas as devidas proporções e o contexto sociocultural, reflete o estilo de vida da maioria da população.


O processo educacional não pode e nem deve estar alheio a essa verdadeira revolução comunicacional. Nós educadores precisamos primar pela prática constante da investigação e da pesquisa, e a modalidade de ensino a distância propicia tais posturas profissionais, uma vez que permite, devido a sua estrutura, ressignificarmos as variáveis tempo e espaço. 


As contingências da realidade que nos cerca, essencialmente a nós educadores, que assumimos, vez por outra, vários papéis, tanto na vida pessoal quanto na área profissional, podem limitar a possibilidade da formação continuada e em serviço, quando tratamos de um modelo de educação exclusivamente presencial. Por isso é que cada vez mais fazemos sim a opção pela EAD. 

No entanto, há que se considerar as características desta modalidade e as exigências que nos impõe se, de fato, objetivarmos uma educação de qualidade que conduza a aprendizagem significativa. Para ser um aluno de um curso de EAD é essencial organização, determinação, disciplina, compromisso, interesse e dedicação. É importante destacar que tais qualidades também são primordiais no modelo exclusivamente presencial, mas neste, por temos a figura do professor/mediador mais presente durante todo o processo e pela regularidade dos encontros presenciais, costumamos adotar uma atitude diferenciada daquela, quando somos os gestores da nossa aprendizagem, levando em consideração a flexibilidade que caracteriza a EAD. 

As dificuldades são parte da caminhada, e acredito que a mais crucial delas seja mesmo a escassez do tempo, mas podemos superá-las se além de cultivarmos as qualidades já citadas, participarmos de um ambiente educacional estimulante, instigante e desafiador, e isso depende não só da nossa motivação interna, mas de fatores externos, tais como: a organização e acessibilidade do ambiente virtual, a interação eficaz com os colegas, tutores e coordenação do curso, a riqueza dos materiais disponibilizados e sugeridos pela equipe formadora e a diversidade das atividades propostas. Acrescento ainda que todo o planejamento do curso deve estar pautado na tematização da nossa prática, para que de maneira mais sólida possamos construir conhecimento e reinventar o nosso fazer pedagógico.